Roberto Burle Marx

Desde pequeno, Roberto Burle Marx, desenvolveu talento para o cuidado com plantas e ao longo de sua vida se dedicou ao estudo do paisagismo e das artes, tendo atuado em um amplo campo desta, pintando, fazendo esculturas e se expressando a partir de seus jardins. Burle Marx teve grande influência de movimentos artísticos como o cubismo, surrealismo, modernismo, entre outros, porém não seguiu um em particular, soube usar o que lhe era conveniente em cada um. Além de chamar a atenção do mundo para a produção artística e paisagística nacional, o artista também foi responsável por romper com os padrões europeus de jardins no Brasil e de valorizar as espécies nacionais, sempre encontradas em seus projetos. A partir dessa valorização, foram salvas muitas espécies de plantas que beiravam a extinção.
Burle Marx foi um grande paisagista brasileiro, e é lembrado até os dias de hoje por suas inúmeras obras espalhadas pelo Brasil e no mundo.


Obras

O terraço jardim no Edifício Gustavo Capanema - originalmente o edifício para o Ministério da Educação e posteriormente usado também para o Ministério da Saúde - entregue em 1947, localizado no Rio de Janeiro é considerado um marco para o paisagismo no Brasil, por promover o uso da flora brasileira e o uso de curvas irregulares, os jardins ainda  oferecem espaços de estar para os usuários do edifício. 
Terraço-jardim do Edifício Gustavo Capanema – Foto: Les Jardins Du Monde

Entre 1942 e 1944, na cidade de Belo Horizonte, o então prefeito Juscelino Kubitschek, promoveu o desenvolvimento de um complexo de edifícios em torno de um lago artificial, o chamado Complexo da Pampulha. Oscar Niemeyer, Burle Marx e Portinari trabalharam em equipe em torno da Lagoa da Pampulha, onde  foi construído um cassino, uma igreja, casa de baile, clube e hotel. Os jardins, assinado por Burle Marx obedeciam as formas arquitetônicas de Niemeyer. Os paisagismos completam a obra pela integração entre a natureza e o edificado, entre os espaços públicos de permanência e as áreas de passagem. No ano de 2013 o Complexo da Pampulha passou por restaurações visando a preservação das espécies propostas no projeto inicial. 


Foto da última restauração que ocorreu no Complexo da Pampulha em 2013 – Foto: Daniel Protzner  

Outra obra que teve contribuição de Roberto Burle Marx, foi o paisagismo de Inhotim, entregue em 2009, em Brumadinho, Minas Gerais, onde se encontra o Centro de Arte Contemporânea, lugar que a arquitetura experimental se mistura com o paisagismo. No ano de 1984 o paisagista Burle Marx visitou o local, por ser amigo intimo do dono de Inhotim, e sugeriu que jardins fossem projetados assim como colaborou para a construção de outros. Mesmo que o parque só tenha abrido as portas para o público no ano de 2005, desde os anos 80 o paisagismo de Inhotim já estava sendo planejado.Roberto Burle Marx  fez uso de espécies tropicais sempre relacionando as plantas com a arte promovida no local. 

Inhotim: onde a arte e o paisagismo se fundem -  Foto: Daniel Mansur | Leonardo Finotti
Bibliografia

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FRACALOSSI, IGOR. "Centro Educativo Burle Marx / Arquitetos Associados" 15 May 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 30 Mar 2015. http://www.archdaily.com.br/18858/centro-educativo-burle-marx-arquitetos-associados

COLAÇO, Gorete. Paisagem preciosa: Burle Marx no Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.goretecolaco.com/paisagem-preciosa-burle-marx-no-rio-de-janeiro/. Acesso em 24 de março de 2015.

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BARRA, EDUARDO.. “A praça perdida de Burle Marx”. 11 de Junho de 2011. Disponível em : http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.126/3887. Acessado dia 30/03/2015.
MEDEIROS, JOTABÊ. “Arquiteto consegue na Justiça crédito pelo paisagismo do Instituto Inhotim”. 01 de Agosto de 2012. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral%2carquiteto-consegue-na-justica-credito-pelo-paisagismo-do-instituto-inhotim%2c908867. Acessado dia: 08 de Junho de 2015.


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