Oscar Niemeyer

Oscar Niemeyer nasceu em 1907 no Rio de Janeiro e em 1934 formou-se engenheiro e arquiteto pela Escola Nacional de Belas Artes, cuja graduação tinha sido recentemente reformada de acordo com os modelos do modernismo Europeu, pelo diretor Lúcio Costa.
 Niemeyer estagiou no escritório de Costa e se destacou por suas propostas inovadoras na elaboração do projeto do Palácio Capanema, que teve consultoria do arquiteto Le Corbusier. O modo libertador do discurso corbusiano frente ao restritivo pensamento acadêmico impactou a produção do brasileiro, que logo passou a produzir verdadeiras obras-primas da forma livre, adaptando criativamente os “cinco pontos” ao cenário de seu país.
Apesar de ter uma linha de pensamento definida, o projetista precisou da figura libertadora presente em arquitetos que se atreveram a sair da zona de conforto formal institucionalizada – Lucio Costa e Le Corbusier, principalmente. O contato com essas figuras da arquitetura foi de extrema importância para o seu amadurecimento profissional.
Esse arquiteto moderno defendia a superioridade das formas da natureza sobre a máquina e a engenharia, então se voltava para as paisagens brasileiras (praias e montanhas) e contornos femininos como referência, busca de inspiração projetual.
Os partidos arquitetônicos inovadores de Niemeyer se originam de uma análise contextual física, histórica, cultural, socioeconômica, política, urbana, artística e teórica, por isso a sua obra apresentava traços peculiares, com formas livres, orgânicas. Desenvolveu com maestria essa nova linha moderna. É importante ressaltar que esse “modernismo de formas livres” não se aplica a todas as suas obras.
Entre suas principais obras destacam-se:

·    O Pavilhão do Brasil na Feira Internacional de Nova York de 1950, trabalho conjunto de Lucio Costa e Niemeyer, deu início à carreira internacional dele. Conseguiram expor o distinto ambiente brasileiro através de uma arrojada adaptação da arquitetura a um terreno curvo de esquina. Em uma edificação com partes igualmente curvilíneas e cuja fachada central era composta por um jardim tropical e um espelho d’água, a continuidade espacial era marcante.

 


·    Em 1940, o arquiteto foi convidado por Juscelino Kubistchek, a projetar o complexo da Pampulha para o lazer da nova elite belo-horizontina. Foi então que ele viu a chance de afirmar para todos sua arquitetura moderna de formas livres.




Em todas as edificações era notável a arquitetura fluida, poética, de grande riqueza escultural e que dialogava com o cenário natural: a lagoa da Pampulha. As construções, apesar de caráter independente, têm em comum a liberdade e inovação tanto no âmbito formal quanto no estrutural, além da disposição cenográfica. As obras primas da Pampulha são a igreja de São Francisco e o popular restaurante e Casa do Baile.





·          Entre 1956 e 1960, incumbido pelo então presidente Juscelino Kubistchek para nortear a construção da nova capital do Brasil e edificar monumentos pela cidade, Oscar Niemeyer tentou criar um emblemático mundo novo por meio da arquitetura moderna.
Baseado em uma perspectiva corbusiana com valor simbólico e cenográfico, o arquiteto assumiu uma postura surrealista em relação ao clássico e ao convencional, projetando com extrema leveza estrutural, ricas e contrastantes formas.






REFERÊNCIAS

BIBLIOGRAFIA

UNDERWOOD, David. Oscar Niemeyer e o modernismo de formas livres no Brasil. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
CZALKOWSKI, Jorge (Org.). Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2000.
CAVALCANTI, Lauro. Moderno e brasileiro: a história de uma nova linguagem na arquitetura, (1930-60). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
VILANOVA, Artigas. Caminhos da Arquitetura. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
SEGAWA, Hugo. Arquiteturas No Brasil. São Paulo: Edusp 2010.
Tributo a Niemeyer / Alberto Petrina [et al.] .. Prefácio Christian de Portzamparc; organização Roberto Segre. – Rio de Janeiro : Viana & Mosley, 2009

SITES

SOARES, DALTON; RODA, DANIEL; MARTUCHELLI, ELVIS; ARAGÃO, LEO; SOARES, RAFAEL e BITTENCOURT, THIAGO. Vida e Obra de Oscar Niemeyer. Disponível em http://g1.globo.com/oscar-niemeyer/platb/. Acessado em 27 de março de 2015.
FUNDAÇÃO OSCAR NIEMEYER. Disponível em http://www.niemeyer.org.br/. Acessado em 29 de Março de 2015.
Catalogo de obras de Oscar Niemeyer. Disponível em <http://www.terra.com.br/noticias/oscar-niemeyer/oscar-niemeyer-obras.htm>. Acessado em 30 de Março de 2015


 Grupo: Bárbara Castro e Thais Rabello


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