LINA BO BARDI

Ao chegar no Brasil em 1946, ainda do navio Lina Bo Bardi pode ver o azul e branco do Ministério da Educação e Saúde, de Lúcio Costa, em um dia de céu claro e limpo do Rio de Janeiro. Com essa vista sentiu-se esperançosa, porque nesse momento a arquiteta italiana pôde ver o pensamento da arquitetura moderna, defendido pela mesma, já concretizado nesta terra até então desconhecida. Algo que, em seu país de origem, ainda se erguendo das tragédias causadas pela segunda guerra mundial, não poderia ser realizado. Os países europeus estavam praticamente na miséria e a realidade que Lina Bo Bardi pode ver no Brasil foi algo longe do que estava habituada.
No Brasil, Bo Bardi encontra um país de diversidades e sentia-se bem-vinda em todos os cantos, mas um dos ''Brasis'' que mais chamou sua atenção fora o da Bahia. Lá Bardi encontrou pessoas de pureza interior, maior que no Rio e São Paulo, diante da arte e cultura e uma curiosidade, diante da mesma, genuína. Com a construção do museu de arte moderna em Salvador, pretendia-se construir não um museu como outro qualquer, mas um movimento cultural. Tal movimento influenciou artistas renomados como Caetano Veloso, Maria Betânia, Gilberto Gil, entre outros.
A aproximação do usuário bem como o projeto participativo dentro do processo de criação de Lina Bo Bardi fizeram dela uma arquiteta muito peculiar diante do movimento moderno já muito enraizado no Brasil de 1946. Ao longo de suas obras como no caso do Sesc Pompéia, o Teatro Oficina e o MASP, a arquiteta utilizou conceitos absolutamente modernos só que numa perspectiva muito próxima do usuário e da arquitetura de canteiro. Exemplos dessas características de Lina são vistas no Teatro Oficina e principalmente no SESC Pompéia, onde a preocupação com o programa do projeto e as ações dentro do edifício assumem um grande valor no processo de produção da arquitetura.

Teatro Oficina
Fonte: 
http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/7d5c3f423825_oficina_nk.jpg


MASP
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.165/5063

Referências:
Bardi, L. Lina Por Escrito. Cosac Naify 2009.
http://www.institutobardi.com.br/ > Acesso em: 25 mar. 2015.
http://www.revistahabitare.com.br/materias-em-destaque/achillina-bo/376> Acesso em: 26mar. 2015.

Grupo: Carlos Magno Herthel de Carvalho, Marina Coelho, Pedro Henrique Hastenreiter. 

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