Dica de leitura
Além do processo projetual como ferramenta de
trabalho dos arquitetos, entender cada moradia e o impacto das mesmas na
paisagem urbana é de fundamental importância.
O livro “A cidade Informal: Arquitetura e
Projeto”, do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Arquiteto e
Urbanista Marcelo Silveira, traz como tema as habitações como reflexo de um
fenômeno social.
Em um primeiro momento, o autor faz uma
análise das moradias do subúrbio carioca. Ele trata com cautela a forma com que
o espaço no Rio de Janeiro foi sendo ocupado formal e informalmente. Tendo como
ponto de partida o bairro Higienópolis do Rio de Janeiro e suas habitações
múltiplas, o autor faz com que o leitor percorra com ele um caminho de atenta
avaliação arquitetônica.
É feita uma busca no passado através da
apresentação de fatos que contribuíram para a formação desse contexto urbano
carioca. Desde o conceito de higienismo do século XIX, até a mais detalhada
avaliação arquitetônica, acompanhamos através da leitura uma evolução urbana no
tempo e no espaço.
A partir de uma crítica cautelosa sobre o
assunto, chega-se então à discussão sobre o conceito de projetar. No âmbito da
filosofia, o autor questiona esse processo criativo que vai muito além do que é
tratado pelos arquitetos constantemente, mas também é avaliado tudo aquilo que
vem sido herdado há anos no processo de ocupação e formação dos núcleos urbanos
e suas residências.
Uma leitura fácil, interessante e que nos faz
refletir, enquanto estudantes de Arquitetura e Urbanismo várias questões do
processo criativo: do conceito de habitar até a consolidação das cidades, em um
contexto maior.
Referência do livro: SILVEIRA, Marcelo. A cidade informal: Arquitetura e Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro: Rio Books, 2013.
Texto por: Pâmella Felicio
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