Acessibilidade e Arquitetura Inclusiva.
Apesar de a acessibilidade estar
presente desde os primórdios da arquitetura, foi somente a partir dos anos de
1980 que esse conceito ganhou força no Brasil, e daí em diante veio se tornando
presente e de extrema importância nas novas concepções arquitetônicas
contemporâneas.
Com isso, vem à ideia de que os
novos espaços precisam ser pensados com diversidade dimensional e funcional, o
que está ligado à qualidade de um projeto como um todo. Na maioria das vezes a
acessibilidade ainda é pensada somente direcionada ao deficiente físico que
possui a necessidade do uso de cadeiras de rodas, porém, não cabe mais na
arquitetura contemporânea novos edifícios ou espaços urbanos que não incluem
qualquer tipo de pessoa, desde o cadeirante até mesmo o idoso ou obeso.
É preciso acabar com a dificuldade de projetar
para pessoas diversas, sem limitar a criatividade do arquiteto. E esse é hoje
um dos maiores desafios, projetar um edifício acessível sem perder toda aquela
qualidade estética planejada. Não se deve associar um edifício acessível, por
exemplo, ao um edifício mal pensado esteticamente. No final das contas, devemos
lembrar que a palavra adequação não pertence mais à arquitetura contemporânea,
da mesma forma que não é possível mais pensar a ergonomia dos espaços a partir
de um modelo humano "comum", o homem padrão.
"O
ser humano normal é precisamente o ser humano diverso, e é isso que nos
enriquece como espécie. Portanto, a normalidade é que os usuários sejam muito
diferentes e que os projetos propiciem usos distintos". (Silvana Cambiaghi,
autora do livro Desenho Universal).
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Imagem 1: Fonte: http://www.dca.arq.br/ |
Links principais: http://au.pini. com.br/arquitetura-urbanismo/ 180/arquitetura-inclusiva- acessibilidade-128101-1.aspx
http://www.ebc.com.br/ cidadania/2012/12/o-desafio- de-projetar-ambientes- acessiveis
http://www.ebc.com.br/
Links com curiosidades:
Grupo: Aline Soares, Brenda de Oliveira, Lais Borges
Não faz muito tempo que a arquitetura se baseava em parâmetros de homens no padrão, ou dito “igual”. Concordo que padronizar essas medidas, acaba negando o direito de ir e vir, o direito a moradia e o direito de estudar das pessoas portadoras de necessidades especiais. Nos dias de hoje esse modo de olhar sobre a sociedade está mudando, designs, arquitetos e engenheiros já começam a pensar nessa acessibilidade e seus projetos já são mais flexíveis, pois é necessário pensar no planejamento dos espaços cujo acesso seja garantido a qualquer usuário, com autonomia e independência. Pois acessibilidade é um direito de todos.
ResponderExcluirComo disse a Maria Cecília, é engraçado como o ato de balizar as pessoas - obviamente extremamente diferentes - em uma média, como Le Corbusier fez, no fim trouxe avanços nos estudos de como projetar os espaços em uma escala mais humana. E é mais engraçado ainda como, mesmo com esses avanços, as noções de que os projetos precisariam contemplar a todos chegou tarde. Niemeyer que o diga, já que a imensa maioria dos seus projetos não permitem a acessibilidade universal. A arquitetura dele não é boa por causa disso? Claro que é... Mas se a boa arquitetura pressupõe bem estar entre o usuário e o espaço, essas questões de acessibilidade trazem um monte de coisas pra gente pensar, né? Que bom que hoje o pensamento que a acessibilidade é necessária está mais difundido e que cada vez mais as diferenças tem espaço por aí.
ResponderExcluirA acessibilidade ainda é um discurso contemporâneo. No Brasil, a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, prevê que o o acesso à vias, espaços e edificações públicas, deve ser facilitado para pessoas com dificuldade de mobilidade. Graças a isto, a acessibilidade vem ganhando força.
ResponderExcluirAtualmente os projetos de uso publico, só são aprovados se apresentarem projetos de acessibilidade, porém modificar antigas edificações já é algo bem complicado.
Em um âmbito mais pessoal, muitas pessoas não se importam pelo simples fato de não haver fiscalização. O que se vê em larga escala, são rampas de garagem em passeios públicos, permeabilização e criação de pequenos jardins, o que impossibilita por exemplo, um cadeirante se locomover na calçada. É necessário então, uma intervenção do poder público municipal nas cidades, que fiscalizem e inviabilizem este tipo de ação.
Creio ser de extrema importância a escolha do tema e parabenizo o grupo por isso. É evidente a mudança na concepção das edificações mais recentes. Mas sinto que as adequações do projeto são feitas em questão das normas e suas obrigações, do que realmente da mudança no pensamento geral. Percebo que muitos projetos ainda se restringem a pensar em rampas e elevadores (por vezes desconexos do fluxo da edificação), e não incluem um mobiliário mais diverso, possibilitando o usuário a sua manipulação e uso mais livre. Assim como nos espaços em geral, a questão da construção usando medidas mínimas causam constrangimentos e apresentam-se desconfortáveis em situações cotidianas. Para exemplificar de forma simples, pense em comprar um travesseiro e usar o banheiro de um shopping após a compra. Até chegar a cabine você já terá esbarrado em algumas pessoas devido ao espaço mínimo de circulação, e quando chegar ao seu destino encontrará dificuldades com o espaço da cabine, raio de abertura de porta e falta de apoio para sacolas. Depois desse simples exemplo, creio que seja claro pensar como seria mais complexo para uma pessoa com mobilidade reduzida.
ResponderExcluirO papel do arquiteto na sociedade, sendo cada vez mais notável e necessário, como formadores do espaço, também inclui praticar e incentivar essa consciência, proporcionando inclusão e possibilitando a fruição da arquitetura para todos.
ResponderExcluirO tema abordado pelo grupo é importante e de interesse social.
ResponderExcluirA acessibilidade não deveria ser, hoje em dia, tema de discussão, já deveria ser algo incorporado e naturalmente projetado para todos os espaços, mas infelizmente não é o que acontece.
Além da acessibilidade em edifícios, há que se pensar também a acessibilidade em espaços urbanos e prestação de serviços, garantindo a todos, independente de estatura, limitação física ou sensorial, o direito de ir e vir. Além de respeitar o conforto e bem estar, assegurar a todos as mesmas oportunidades.
Fazer um projeto utilizando das normas de acessibilidade não é fácil, mais difícil ainda é integrar as normas a boa aparência do local. As normas são muito específicas, quanto à dimensão, ângulos, localização, etc. e isso dificulta o uso da criatividade do arquiteto, onde ele pode explorar o melhor potencial do local e seu entorno. Como foi dito no texto, ao citar “acessibilidade” sempre remetemos ao cadeirante, que possui dificuldades imensas em um ambiente com a falta das adequações. No entanto, o projeto precisa ser acessível a todas as pessoas que quiserem frequentar o lugar, e isso inclui crianças, obesos, idosos, cadeirantes, cegos, surdos, etc. Cada uma das citadas precisa de um regra específica, e isso torna o projeto muito mais complexo, visto que você tem que pensar na acessibilidade da criança e do cadeirante ao mesmo tempo. Um idoso por exemplo tem dificuldades para subir uma escada e até mesmo uma rampa, então além de possuir a rampa ao cadeirante, ainda precisa se pensar na forma que melhor atenderá o idoso e assim por diante. Na arquitetura dos tempos de hoje, era pra isso ser algo constante, no entanto não é o que ocorre, vimos em muitos lugares a falta de acessibilidade nos prédios e casas, o que é torna os espaços mais restritos em certo casos a algumas pessoas somente.
ResponderExcluirÉ muito interessante a abordagem do grupo em relação a acessibilidade, pois muita gente hoje em dia liga esse ponto diretamente e somente aos cadeirantes. Além dos deficientes físicos, existe uma enorme diversidade de dificuldades ou necessidades nos seres humanos, nesse caso citaram também os idosos, as mães com bebês, e os obesos. Também é importante lembrar dos deficientes visuais, auditivos, ou mesmo os mudos, que não conseguem, por exemplo, pedir informações com facilidade de comunicação. Na hora de projetar, temos que pensar em todas as características, ou o máximo possível delas, para que um projeto seja dinâmico, confortável, acessível a todos em questão de espaços, alturas, acessos, enfim, para que a grande variedade tenha a possibilidade de realizar suas ações corriqueiras de forma independente ao máximo possível. Com o crescimento da preocupação em relação a isso tanto quanto - e aliada à - a criatividade e flexibilidade dos espaços, creio que a arquitetura pode dar passos largos em direção ao sucesso e ao atendimento ao público de forma satisfatória. A acessibilidade e inclusão são de extrema importância, num mundo tão diverso e às vezes injusto em relação as minorias.
ResponderExcluirQuando o assunto é acessibilidade, tal palavra nos remete a deficientes físicos, porém, vai além disso. A forma de como o indivíduo se locomove em uma cidade é diversa e perpassa desde a pé, de transporte público ou de carro particular. Entretanto em muitos destes casos a acessibilidade ou não existe ou é insuficiente, e isso pode ser comprovado ao analisar os grandes centros urbanos. O direito ao acesso foi normatizado através da NBR 9050/2004 e pode-se perceber uma preocupação com as adaptações de edificações construídas anteriormente a esta Norma e até mesmo um rigor maior na aprovação de projetos porém, a aplicação desta norma se restringe apenas as edificações. Cabe a nós futuros arquitetos urbanistas um olhar mais amplo fora da escala "lote", não adianta a edificação ser toda acessível interiormente se para chegar até ela o Portador de Necessidades Especiais encontra dificuldades. A NBR 9050/2004 completou 10 anos de implantação, tempo suficiente para já se ter resultados mais efetivos.
ResponderExcluirPensar em acessibilidade tornou-se indispensável ao trabalho do arquiteto.
ResponderExcluirAlém de pensar em um projeto acessível a todos, não deve-se deixar de lado a importância de planejar os fluxos e a relação do edifício com a cidade.
Um estudo atento e conhecimento sobre ergonomia e antropometria garantirão o sucesso do projeto, uma vez que o mesmo irá tornar-se mais do que acessível, mas um local confortável, onde qualquer pessoa poderá realizar as atividades necessárias.
Entretanto, o desafio da arquitetura acessível a todos está no fato de a mesma ainda ser vista por alguns profissionais como um problema. O aproveitamento do espaço e o modelagem das formas como maneira de tornar o ambiente acessível devem deixar de ser vistos como um obstáculo e serem considerados uma fonte de inspiração ainda para a estética projetual.